Como a arte imita a vida? Qual a relação entre o cinema e os arquétipos? A vida imita a arte? Como a indústria do cinema usar os arquétipos para criar personagens? Veja neste artigo.
As artes são formas de expressão cultural do ser humano, vinculado ao senso de estética, de beleza e que provoca bons sentimentos e emoções nas pessoas, sendo uma forma de linguagem simbólica. Pode definir as sete artes como: Pintura, Escultura, Música, Literatura, Dança, Arquitetura e o Cinema que na época moderna entrou como a sétima arte.
A ideia a arte imita a vida tem origem na Grécia antiga, mais precisamente por um discípulo que Platão que ensinava que uma obra de arte é um trabalho de simulação ou de ficção com relação ao mundo real. Nesta época obviamente a cinema ainda não existia e ele se referia aos outros tipos de artes.
Falando de uma forma de arte em especifico, o cinema pode-se afirmar que de grosso modo os roteiros e personagens fictícios dos cinemas em grande parte tem base nos arquétipos do inconsciente coletivo. Assim parte dos personagens de cinema, geralmente ser encaixada em algum dos arquétipos descrito por Carl Jung.
De acordo com Jung, os arquétipos são padrões universais e simbólicos presentes no inconsciente coletivo da humanidade. Esses arquétipos representam perfis de personalidades e identidade socais em todos as épocas e lugares, pois os arquétipos evocam emoções e motivam as pessoas, assim os arquétipos são considerados na visão de jung como parte integrante do nosso psiquismo e influenciam nossos pensamentos, emoções e comportamentos.
Nesta visão psicológica a arte do cinema usa os arquétipos em seus roteiros e estes são representações simbólica da personalidade real das pessoas, pois a vida real, em suas várias manifestações, refletem esses padrões arquetípicos retratados na arte. Vejamos alguns exemplos:
O arquétipo do herói é comumente encontrado em histórias e heróis com super poderes que que usam sua forma para combater o mal e salvar vitimas indefesas. Como personagem fictício o herói é aquele que enfrenta desafios, supera obstáculos e emerge transformado.
Na vida real, podemos encontrar pessoas com perfil de herói e que de certa forma personificam os traços do herói arquetípico ao enfrentar adversidades como o policial que enfrenta bandidos em combate ao crime e nos esportes com atletas que superam dificuldades para superar limites.
Outro exemplo de personagem comum nos cinema é a Donzela, este arquétipo simboliza a inocência, a pureza e a beleza de mulher jovem. Nos filmes de cinema a donzela muitas vezes aparece como uma figura frágil ou vulnerável que precisa ser salva por um herói para se ter um final feliz. Na vida cotidiana, a donzela pode ser vista como um símbolo de juventude e beleza, e é frequentemente associada à ideia de amor romântico.
Na vida cotidiana, observamos mulheres jovens ou na fase de adolescência desempenham esse papel pois são vítimas fáceis de assaltos e outros crimes, além do fato de sua beleza atrair muito os olhares masculinos.
O arquétipo do vilão é geralmente retratado como o antagonista principal da história, o obstáculo que o herói precisa superar. Esse arquétipo desempenha um papel fundamental na criação de conflitos e na construção da narrativa.
O vilão no cinema é caracterizado pela sua crueldade, ambição, falta de escrúpulos e desejo de poder. Ele pode representar a encarnação do mal. Este tem motivações egoístas e busca seus próprios interesses, em oposição aos valores e objetivos do protagonista, o herói que tem valores de buscar fazer justiça.
Os vilão na vida real pode ser a representação do lado sombra, o lado maligno das pessoas e com pessoas reais o vilão representa os psicopatas e os indivíduos que geralmente vivem no mundo do crime.
Assim a ideia de que a vida imita a arte por meio dos arquétipos sugere que existem padrões universais e simbólicos presentes no inconsciente coletivo da humanidade que se manifestam tanto na arte quanto na vida cotidiana.
No entanto, é importante destacar que a relação entre a vida e a arte através dos arquétipos não é unidirecional, mas sim uma personalidade universal de mão dupla. Não é apenas a arte que imita a vida,, mas a arte também pode influenciar a vida e personalidade das pessoas comum.
Os artistas muitas vezes se inspiram nas experiências e observações do mundo ao seu redor para criar obras que expressem arquétipos e questões humanas universais.
Neste sentido a arte pode retratar esses arquétipos, mas a vida, por sua vez, pode refletir ou imitar esses padrões arquetípicos retratados na arte. Este tese foi defendida pela primeira vez pelo escritor Oscar Wilde ainda no século XIX.
O pesquisador na área Jason Horsley alerta que a indústria do cinema não lida apenas com criações técnicas de roteiros e edições de imagens, por trás disso está a matéria-prima que dá vida ao negócio: criações de ficções que se interfere no inconsciente coletivo tornando assim seus personagens populares.
Assim uma pergunta a saber que personagens você admira no cinema, os vilões ou os heróis? Isto pode dizer muito sobre sua personalidade e sua conduta moral diante da vida real.
Você quando assiste um filme ou tem acesso qualquer tipo de arte, você inconscientemente estar sendo influenciada em diferentes aspectos com o conteúdo que lhe é oferecido. Inúmeras pesquisas apontam como filmes são responsáveis por uma parcela considerável da construção dos valores socais. Saiba Mais no curso avançado dos arquétipos.
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